sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Agora eu vou contar uma história de conto de fadas.

Estava de noite. (Tá, eu sei que uma história tem que começar com "era uma vez...", mas prefiro "estava de noite", afinal, é à noite onde as melhores histórias ocorrem). A nossa princesa não andava pelo castelo, mas sim por uma calçada. Ela não usava vestido longo e azul, mas mini-saia e salto-alto. Não tinha uma fada madrinha, mas tinha um cara gordo e careca que lhe dizia o que fazer e dava permissão e proteção a outras vária princesas naquela área imunda da cidade.

Agora, chegamos na parte do príncipe encantado. Não, ele não chegou montando um cavalo branco, e sim dirigindo um Golf prata com aro vinte e som no porta-mala. Quando a nossa princesa colocou o rosto no vidro do carro, possuía maquilagem pesada para esconder o olho roxo, presente da nossa "fada madrinha". E ela logo entrou no carro, e foram Felizes Para Sempre. Não, nossa história não acaba aqui, Felizes Para Sempre é o nome do motel mais próximo.

O beijo? Não, ela não beija em serviço; e o nosso príncipe, que tem hálito de cerveja e maconha, não quer saber de beijar. Se ele quisesse beijar, beijaria a Bruxa Malvada, sua noiva burguesa. (É melhor pularmos para a próxima parte, pois não quero que o blog seja sensurado).

Agora, caros leitores, a nossa princesa volta para o seu castelo, aquela mesma rua imunda onde estava parágrafos atrás. O dinheiro que ganhou do príncipe vai para o gordo careca, que tira duas das sete notas e dá para a nossa protagonista. Com esse dinheiro, ela volta para casa de ônibus.

Em casa, olha se o filho está dormindo. Guarda o dinheiro. Depois vai para a cozinha, comendo o que sobrou do almoço após requentar no microondas que já está na sétima das dez prestações. Deita no sofá, chorando a vida e lamentando-se de tudo, tu que tentava ams não podia dar ao seu filho. Queria morrer, mas não podia, deveria cuidar do garoto. O pai era honesto, não era um cliente, mas depois de um mês sumiu. Quando deu por si, já estava amanhecendo.

Rapidamente fez o lanche do garoto, deixando-o na escola em seguida. Foi para o trabalho de diarista, onde consegue um pouco de dinheiro. Depois, no almoço, pegou o filho e deixou na casa da avó. Depois coltou ao emprego de diarista. Não tardou para que acabasse, então pegou o garoto na casa da mãe e deixou em casa. Rezando para que o garoto dormisse, logo se arrumou e voltou para seu castelo.

2 comentários:

Luciane disse...

Muito bom, parabéns.Mas não deixe os sonhos morrerem.
Luciane

disse...

ahuahuahauahuahauhaue
como sempre, criativo (Y)
Hm, nao faz muito meu estilo
esse tipo de postagem...
eh, ter colocado teu blog
nos meus feeds foi uma otima ideia.
Ah, bom texto (Y)